quinta-feira, abril 16, 2009

Educação Especial









TODOS MERECEM NOSSA ATENÇÃO !



Após as leituras dos textos propostos, visita aos sites do MEC, de participações nos foruns e ter lido os relatos de colegas feitos na interdisciplina de Educação para Crianças com Necessidades Especiais, pude verificar o que já sabemos. Que muito pouco tem sido feito, que precisamos muito do apoio pedagógico e apoio de "TODOS ", quando digo "todos", me refiro a pais, professores, governantes, pessoas que realmente pensam na Educação para crianças com Necessidades Especiais, e que podem mudar essa realidade. Professores perdidos, com sentimentos de incompetência e desvalorizados, não sabendo como vão agir e o que esperam delas, já que nós quando nos formamos no magistério, não nos preparam para a Inclusão dessas crianças.

Sabemos o quanto é difícil a organização dos serviços nos sistemas de atendimento escolar, as singulariedades de cada grupo de sujeitos que são reconhecidos como sujeitos da "Educação Especial" e o plano de normas.

Em nosso município Alvorada, temos o atendimento pela CIR (Centro de Integração e Recursos), a APAE e os Laboratórios de Aprendizagem nas escolas, que são deficitários, não são adequados as reais necessidades desses alunos, falta estrutura de apoio para auxiliar os professores junto a esses alunos.

Outra dificuldade é avaliação, recordo do relato de uma colega quando confrontou-se na avaliação semestral e que esta embasada no PPP da Escola, não contemplava uma avaliação de experiência inclusivas. Teriamos que ter propostas de avaliação embasadas por orientação terapêutica. O aluno é avaliado conforme os parâmetros normativos estabelecidos pelo currículo.

Como avaliar?

Segundo a interpretação das ideias de VygotsKi, na avaliação não basta verificar as condições atuais do desempenho escolar da criança, mas sua condição intelectual somente poderá ser devidamente avaliada quando ocorrem situações de medições, em que conceitos e informações venham a provocar a consolidação, pela criança, da sua zona proximal de desenvolvimento, Contrapondo-se a uma prática psicodiagnóstica clássica.

E ainda existem a contraposição de Kozulin e Falk (apud Guthke, 1996, p.272-273) que apresenta a seguinte contraposição entre uma avaliação "dinâmica"- originada de Vygostsky- e uma avaliação seguindo os pressupostos dos "testes convencionais de inteligência".

Já Eggert (1997), professor da Universidade de hannoy, enfoca a questão da avaliação, tendo como pano de fundo as mudanças paradigmáticas na educação especial, em âmbito internacional, nestes últimos 30 anos. Considera as seguintes transformações paradigmáticas:
  • Seleção dos alunos deficientes para escolas especiais( para a identificação das necessidades especiais dos mesmos;
  • O encaminhamento a uma escola especial, para apoio ao aluno no âmbito da escola regular;
  • Da justificativa do encaminhamento para escola especial, através do laudo clínico, para orientação e o acompanhamento pedagógico na escola regular;
  • E dos métodos quantitativos normativos , para a descrição qualitativa e a consideração do contexto ou entorno.

Ele defende a permanência tanto quanto possível, do aluno com necessidades especiais no sistema regular de ensino. E que a avaliação não deve pautar-se nas limitações funcionais que o aluno apresenta, mas principalmente através da sondagem dassuas pontencialidades e sociafetivas.

A avaliação também pode ser nociva, quando acontece como prática hierarquizante, quando classifica a criança pelos juízos qualitativos como: "fraca"," débil", com distúrbio", " alguma síndrome". etc.buscando superar uma avaliação parcial ou monocasual das ncessidades educacionais especiais dos alunos, a SEC do MEC elaborou, em 2002, um documento intitulado " Avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais: subsídios para os sistemas de ensino, na reflexão de seus atuais modelos de avaliação". Defende oque os rumos da avaliação devem estar a serviço da:

  • implementação dos apoios necessários ao progresso e ao sucesso de todos os alunos;

  • melhoria das respostas eductivas oferecidas no contexto educacional escolar e, se possível, no familiar.
E propõe um quadro que auxilia o professor na tarefa de avaliar e auto-avaliar-se, levando em conta a interatividade e a contextualidade da aprendizagem do seu aluno e considerando-se aspectos específicos que com´~oem as dimensões de análise já discriminadas para cada âmbito de avaliação.
E devemos sempre nos perguntarmos: Será que fizemos tudo para que nossos alunos aprendessem? Fiz o suficiente para o sucesso ou fracasso escolar? Somos "TODOS" responsáveis pela apredizagem de nossos alunos.



" Somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos!"




(livro- Pequeno Princípe, Antoine de Saint Exupéry)

Reflexão sobre os Textos de Ed.Especial

* História, Deficiência e Educação Especial - Miranda, Arlete Aparecida Bertoldo - Drª em Educação.

*Mesa-redonda: Ploíticas de inclusãoescolar: diretrizes,serviços e sujeitos, Participantes: Baptista,Cláudio R. (PPGEDU-UFRGRS) cooordenador;

Viegas, Luciane(Faculdade Sço Judas Tadeu, Porto Alegre);

Tezzari,Mauren L. (PPGEDU_UFGRS).

* Sumário : Real, Luciane Magalhães Corte

Um comentário:

Beatriz disse...

Olha só!! Argumentos e contra-argumentos!! Teóricos citados no texto e um encadeamento muito interessante. Marion, estás o Máximo!
Um abraço
Bea