Reflexão " Ser Professor(a)" no Mundo de Hoje"
Sou Professora de uma Escola Municipal, ainda não senti muito o que vários professores e a TV, Mídia, hoje destaca com bastante evidência, a VIOLÊNCIA na ESCOLA! Não sei se é porque a escola da qual leciono é pequena, não só no tamanho, mas por atender crianças de 1º ano a 4ª série, poucos adolecentes. Sinto que muita coisa mudou, aliás o MUNDO mudou! É tanta violência contra as crianças, as pessoas não sabem mais dialogar, quando mais perdoar! Vejo a nossa situação de Professor, trabalhamos em muitas escolas, porque muitas de nós trabalham em duas ou mais escolas para tentar pagar as contas do mês e viver com dignidade! Mas o nosso trabalho pouco é reconhecido. Sou em parte agora, uma meia aposentada, porque continuo trabalhando em 20h. e continuo estudando para ter uma velhice um pouco mais saudável (mentalmente) e confortável financeiramente, se for possível. Mas como as coisas estão se encaminhando, acho bem difícil termos um pouco de reconhecimento, tanto como profissionais da educação, como a sermos recompensados financeiramente. Será que seremos uma classe em extinção? Acho que nós nascemos com a teimosia em nosso sangue e o amor em nossos corações.
Analisei os textos sugeridos para ler, pela Professora Mariângela Bairros, e em certo trecho de Dalila A. Oliveira (UFMG), ela faz referência a precariedade do trabalho no contexto latino-americano decorrente do modelo de crescimento econômico adotado que não prevê a ampliação do número de empregos, o que tem contribuído para o acirramento das desigualdades sociais neste começo de século( Pochmann, 1998). Bem, nesta sexta-feira , dia 14/11/08, sintonizei na TVCom e fiquei atenta ao debate sobre a greve decretada pelo Magistério Público Estadual, e em certa parte do debate, os participantes, entre eles o repórter Laiser Martins, que indagou ao administrador do governo Estadual, o porque da folha do magistério não poder sofrer este aumento, decretado por lei? Conforme ele, nos governos anteriores, realizaram muitos concursos públicos acarretando assim, num aumento excessivo de funcionário serventes (que poderiam ser terceirizados), além dos professores que se aposentaram, sendo assim muito oneroso ao Estado.
Mesmo assim não podemos desistir de nossas necessidades e muito menos deixar que a desvalorização do nosso trabalho de educadores e agentes transformadores da realidade, fiquem abalados por falta de compreensão de certos governantes e muito menos pela Violência . Nós somos mais fortes e teimosos, por isso somos PROFESSORES!!!!
