sábado, novembro 27, 2010

Eixo VIII



"O ESTÁGIO"

"Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos." (FREIRE, 1996, p.19)




O estágio é o momento mais aguardado por qualquer estudante, e comigo não foi direferente. Durante esses oito semestres de teorias e reflexões das interdisciplinas do PEAD me serviram de alicerce para este momento.
Acredito que essas reflexões e a observações durante o estágio, fizeram de mim uma professora diferente daquela que iniciou o curso.
E durante o estágio uma das aprendizagens evidente na minha mudança foi "saber ouvir".
Aprendi a ouvir o que meu aluno diz, do que eu propriamente a falar. Quando me refiro a ouvir, é estar atenta ao que meu aluno traz para sala de aula no seu dia a dia, e que na maioria das vezes não ouvimos, por acharmos que não é importante para ser aceito como fonte de estudo.
O conhecimento prévio ou bagagem que o aluno traz adquirida no seu cotidiano, são fontes rica de aprendizagens, e por isso, não podemos simplesmente ignorar. Compreender, significa ser capaz de aplicar o conhecimento já construído a novas situações em sala de aula. E foi ouvindo e analisando "esses questionamentos de meus alunos" que durante a "Prática/ Estágio", captei o INTERESSE DE ESTUDO do GRUPO" e juntos fomos em busca das respostas.
O que tornou o estudo atraente, foi a utilização do ambiente informátizado e do estudo em grupos, juntamente com as ferramentas das TICS, a pesquisa com livros didáticos, mapas, globo e outros no estudo de perguntas.

O grande desfio foi: " Vencer a barreira do ouvir para aprender a fazer ouvindo".

E ao longo das semanas do estágio elas foram fundamentais para minhas reflexões e consequentemente para as minhas mudanças.
Infelizmente, ainda nos dias de hoje visualisamos práticas do saber "Bancário", aquele em que o professor é somente um transmissor de conteúdos.
Sei que ainda tenho muito a acrescentar na minha prática escolar e isso se refere quanto ao Planejamento.
O Planejar me deixou em alguns momentos frustrada. E coloco aqui uma parte da minha reflexão realizada durante o estágio, relatada no Wiki Estágio...

Reflexão Semanal

Deixei a reflexão semanal para após a aula no Pólo, porque tinha algumas dúvidas para discutir com as colegas, Professor Nestor e a Tutora Tanara. Elas foram respondidas conforme discutíamos sobre os recursos e técnicas aplicadas nos nossos planejamentos semanais durante o estágio. Ao longo do curso observei em mim muitas mudanças. Uma delas já é inerente em mim, que é renovação, mudar, fazer diferente. Sempre me considerei uma pessoa aberta a todas as inovações do mundo, principalmente a de receber trocas de vivências e experiências para melhorar a aprendizagem de meus alunos. Fazer um ambiente de questionamentos, de buscas, de estudos e isso o curso tem me proporcionado. Mudei como pessoa e como profissional da educação. Hoje, questiono meu aluno sobre o que ele sabe... O tal “Conhecimento prévio” e, após essa sondagem, eu possa e estimulá-lo a novas descobertas. Que ele busque o conhecimento em livros, jornais, revistas, rádio e ambientes informatizados e traga para sala de aula para ser questionado e compartilhado com o seu colega. Observo que eles adoram trabalhar no ambiente informatizado por ser um lugar diferente em que eles podem viajar no mundo da imaginação, visitando diversos sites, o paint, onde gostam de desenhar e inserir imagens e no Word onde produzem textos e aprendem a escrever melhor com a ajudar da correção de palavras. (Relato da Semana VIII - de 31/05 a 02/06/2010)

Fazer a diferença, é dar opurtunidade para que o educadando coloque o que deseja aprender. E assim, tornar a apredizagem qualitativa, cooperativa e autônoma.
Penso nas palavras de Freire... " enisar exige reflexão crítica sobre a prática." (1996, p.42)


segunda-feira, novembro 15, 2010

EIXO VII

Reflexão dos Semestres:



Durante os VII semestres, as teorias aplicadas as minhas práticas em sala de aula foram se modificando, e fazendo com que repensasse sobre elas.
Neste último semestre de aulas do Pead foram sobre as Interdisciplinas de Educação para Jovens e Adultos no Brasil (EJA), Linguagem e Educação, Didática, Planejamento e Avaliação e a Língua Brasileira dos Sinais (Libras) encerrando-se aí uma
etapa de aprendizagens, aprendizagens essas que dariam suporte para o estágio.



Iniciamos o semestre mexendo no lixo. Mexendo no lixo? Sim, a procura de evidênias. Passando assim, para prática em sala de aula, como podemos também observar nosso aluno em suas apendizagens diária, saber identificar o que eles querem aprender através do que falam, do que demonstram interesse em descobrir. Essa técnica de observação nos auxiliam a aprofundar e partindo destas evidências, elaboramos hipóteses para chegarmos as nossas conclusões quanto a identidade ou identidades e particularidades das pessoas que se utilizaram daquele lixo, é de fato muito revelador.
E assim é o mundo "Cheio de mistérios a Investigar", e cabe a nós motivarmos nosso aluno para que cada momento vivido em sala de aula seja único e inesquecível.
Libras nos trouxe a história de "Jonas", uma hsitória como muitas, "o preconceito - a falta de informação da família e a da sociedade daquela época, dos médicos que erram no diagnóstico e o principal de tudo, ausência de informação e conhecimento sobre a criança surda e sua adaptação ao meio social."
Nesta Interdisciplina o mais importante foi a certeza que devemos nos preperar para incluir em nossas salas de aula estas crianças com necessidades especiais de atendimendo, tanto é possível que já existem diversas ferramentas tecnológicas para dar a suporte a aprendizagens para essas necessidades de audição e visão, aos cadeirantes, enfim, aos diversos aos tipos de necessidades especiais.
O que mais me chamou a atenção foi uma proposta feita pela Professora Caroline H. Silveira em nos passar a visão de mundo, num diálogo entre um grupo de jovens portadores de necessidades especiais conversando. Neste momento me senti por fora deste mundo real, um mundo do qual me senti excluída, por não entender a linguagem e não poder participar. Me perguntei naquele momento, e eles como se sentem quanto a nós, ditos perfeitos???
Ainda hoje muitas escolas não se adaptaram a cultura dos surdos, mudos e cadeirantes. Enquanto isso, nós professores, não podemos nos omitir desta realidade que está em nossas salas de aula e em nossa vida, podemos sim fazer a diferença, colaborado para que essas crianças possam participar e serem incluídas na escola.

Saber Planejar e avaliar, não é fácil, mas faz parte da nossa tarefa de Professor, o ser didático. E foi através do repensar sobre o Planejamento diário que constatei que minha visão de planejamento havia mudado. O Professor Nestor A. Kaercher
Ao longo destes semestre, através do conhecimento do pensamentos, teorias e vivências dos Mestres da Educação, entre eles Paulo Freire, Maria Montessori, Celéstin Freneit e outros.
E relembrando as palavras de Freneit

"A escola já não prepara para a vida, já não serve à vida e está nisso a sua definitiva e radical condenação. Cada vez mais, a formação verdadeira das crianças, sua adaptação ao mundo de hoje e às possibilidades de amanhã se praticam mais ou menos metodicamente fora da escola, pois ela não satisfaz mais a essa formação” (Célestin Freinet – Para uma escola do Povo, 1896).
É no sentido de mudança desda visão de métodos arcaicos que nos propomos a mudar esta realidade, com práticas mais condizentes com nossas realidades, respeitando a bagagem trazida pelo nosso aluno e assim propondo aprendizagens significativas para eles.

Na interdisciplina de Linguaguem e Educação minitrada pela Profesora Darlize T. Mello , a preocupação com a oralidade e escrita de nossos alunos é evidente.
No texto de Dalla Zen trindade quando questiona " Fala-se/escreve-se/lê-se "certo" ou "errado"? Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito?"
Infelizmente a escola ainda se preocupa com o aprender social do aluno. Porém somos nós professores é devemos nos preucupar com a " multiplicidade dos outros".
[...] planeja­mento, avaliação e seus desdobramentos no contexto escolar enquanto regu­ladores das nossas expectativas em tomo da leitura, escrita e oralidade em sala de aula. Em uma sociedade marcada pelas diferenças e pela desigualda­de, pela complexidade das relações sociais não é tarefa fácil promover interações culturalmente positivas nas salas de aula. A ideia do significado e da provisoriedade dos conhecimentos selecionados e de projetos didáticos diferenciados/articulados/contextualizados para cada aluno e para o coletivo da sala de aula, entre outros aspectos evidentemente, parece uma estratégia pedagógica adequada para fomentar políticas educacionais de inclusão."
((DALLA ZEN; TRINDADE, 2002)
E durante os semestre essa visão de difrenças e multiplicidade do outro (aluno) ficaram bem visíveis. Mas não basta saber que são diferentes, deve vir de nós estas mudanças.