quinta-feira, dezembro 07, 2006

Educação,Formação e Trabalho


:: ESC 9 - GRUPO F
Universidade Federal do Rio Grande do SulCurso: Pedagogia Anos Iniciais do Ensino FundamentalDisciplina: Escola, Cultura e SociedadeNº da Atividade: ECS 9Pólo: AlvoradaProfª : Vera CorazzaComponentes do Grupo: Evanice S. Mendes Loch, Gisele Mª da Silva Martins, GlauberHenrique de Moraes, Iliana R. de Souza Petrecheli, MarionLopes dos Santos Castro, marivani Kirsch, Marlene R. Ferreira,Nair Marili.ECS 9 - Síntese do texto - Grupo FEDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E TRABALHOO problema sobre se é possível atribuir ao pensamento humano uma verdade objetiva não é um problema teórico, mas sim prático. É na prática que o homem deve demonstrar a verdade, a realidade e o poder, a de seu pensamento.Para Marx a teoria materialista da mudança das circunstâncias e da educação esquece que as circunstâncias fazem mudar os homens e que o educador necessita ser educado.Segundo Marx a coincidência da mudança das circunstâncias com a da atividade humana ou mudança dos próprios homens, pode ser concedida e entendida racionalmente como prática revolucionária.Quanto ao que se refere ao conteúdo de si próprio como criatura, todas as qualidades são dadas, e pouco lhe importa de onde vêm. Para Stimer, apenas se desfaz de uma qualidade através de outra, isto é, do domínio que esta ?outra? exerce sobre as demais. Na prática só é possível na medida em que esta outra qualidade possa também desenvolver-se livremente de maneira igual uma totalidade de qualidades.É, absurdo supor, com Marx, que seja possível satisfazer uma paixão isolando-a de todas as outras, que seja possível satisfaze-la sem se satisfazer a si próprio como indivíduo vivo integral.A causa não está na consciência, mas no ser. Não no pensamento, mas na vida; a causa esta na evolução e na conduta empírica do indivíduo que, dependem das condições universais.O pensamento de cada indivíduo não pode ser absoluto, mas sim mutável e formado por um conjunto de idéias, leituras e vivências. Assim o pensamento torna-se global e não somente individual.Ele abrange as circunstâncias variadas e pode-se tornar passageiro ou contínuo. Os limites dos pensamentos não podem e não devem limitar-se aos limites materiais, o pensamento deve servir como uma porta que se abre para o mundo externo, onde cada ser busque o que lhe falta, ou encontre novas formas de pensar quebrando a sua rotina.Esse processo vai além da compreensão de Stiner, pois ele passa pela evolução do mundo e da participação do indivíduo no local onde ele vive.O indivíduo para superar as sua limitações locais deve buscar condições para sair do local onde se encontram, realizando trocas entre "ele" e o "mundo", não isolando-se mas integrando-se.O Estado deve ser ?ele? e não deve estar vinculado a religião e seus dogmas. Deve estabelecer, suas leis e governar-se, não deixando que a religiosidade o domine.O Estado se libera e age politicamente sobre o seu próprio arbítrio.Conclui-se que o homem ao libertar-se politicamente acaba por esquecer a religião, assim, fazendo coisas desnecessárias. Mas ao mesmo tempo continua ligado a religião, pois será difícil tornar um Estado totalmente ateu. O Estado é que comanda a forma de liberdade do homem. O homem é totalmente afetado com o desenvolvimento da política. Para a política não é necessário ter dinheiro para ter uma propriedade privada, mas a política pode destruir a sua propriedade. O Estado trata todos os elementos da vida real, sobre o seu ponto de vista, sem atender as diferenças. O homem na sua imediata realidade, na sociedade civil, é um ser profano.A maneira de pensar e de ser do homem podem ser diferentes mas estão ligadas uma a outra. Ele é um ser finito e por ser finito está limitado no desejo de ter.Diz Marx que o homem está aberto para o mundo do "querer ter" e que se tornou escravo desse desejo de possuir, mas deve se voltar para a sua riqueza interior. Que o homem deve fazer uso do que lhe pertence, por isso ele se afirma no mundo dos sentidos.O homem em sociedade se faz ele mesmo objeto para afirmar sua individualidade no meio em que vive.Os sentidos do homem social são diferentes do homem não social. Somente a objetividade e a sensibilidade desenvolvidas no ser humano os tornam capazes de ouvir a música e ver a beleza da forma.A objetivação da essência humana, tanto no sentido teórico como prático, é necessário para tornar humano o sentido do homem, e para criar o sentido humano à riqueza plena da essência humana e natural.O homem se afirma no mundo objetivo, porque ele, não é só pensamento, mas ser objetivo real.Marx afirma que se considerarmos a sociedade formada por um único indivíduo, o trabalho necessário será a soma de todas as funções particulares de cada atividade. Então, ele (indivíduo) deveria dedicar-se da agricultura à construção de meios de comunicação e transporte. Logo, estas necessidades são determinadas pela quantidade de trabalho aplicado com fins diversos e gastos em atividades diversas.O tempo de trabalho depende da quantidade dos fatores de produção (ou seja, do conjunto dos meios de produção e da força de trabalho), que uma vez postos em prática, tornam-se responsáveis pela criação de mercadorias possuidoras de valores de uso e de troca.O valor da troca e uma divisão do trabalho (mesmo em função da troca) pressupõem que o tempo de trabalho de cada indivíduo seja determinado pelas diversas funções necessárias do processo produtivo e não em decorrência do indivíduo que efetue os diferentes trabalhos utilizando seu tempo de trabalho de formas diversas.Sobre a base de valor de troca, coloca-se que toda a atividade materializada e particular, bem como o tempo de trabalho especificado e objetivado, resulta em um particular. E, por sua vez, poderá ser trocado por outro produto. Para facilitar esta relação de troca, um produto único para medir os valores de todos os outros deve ser empregado, este produto é o dinheiro. O dinheiro é conceituado como o símbolo do tempo de trabalho geral, e pode ser trocado por qualquer outro produto, ou seja, tempo de trabalho específico.Uma necessidade é variável, pois tanto as necessidades quanto os produtos e as diversas capacidades de trabalhos, foram criadas em quantidades variáveis. Ou seja, quanto mais necessárias parecem as necessidades maior é o grau de desenvolvimento da riqueza real.O capital, ainda que limitado por sua natureza, tende a um desenvolvimento universal dos fatores de produção, buscando novos e modernos meios de produção, não baseados unicamente no desenvolvimento de uma força produtiva que somente reproduza ou amplie a base existente, mas onde o desenvolvimento livre, sem obstáculos, progressivo e universal dos fatores da produção será a condição da sociedade, procurando assim, a superação do ponto de partida.Segundo a crença de Marx, existia uma tendência universal do capital aparecer como uma forma transitória, pois segundo ele, todas as formas de sociedade haviam sucumbido da riqueza, ou seja, ao desenvolvimento das forças produtivas, isto não se confirmou.Ainda, segundo as idéias de Marx, com o desenvolvimento das forças produtivas,e das forças unidas ao crescente comércio entre os indivíduos, ocorreria a dissolução, não só das condições econômicas que sustentam a comunidade, como também das relações políticas, da religião, o caráter, da concepção, etc, dos indivíduos.Somente o desenvolvimento da ciência, ou seja, uma forma do desenvolvimento das forças produtivas humanas (riqueza), teria bastado para dissolver uma comunidade.Para Marx, toda limitação de consciência está ligada a um grau determinado de desenvolvimento das forças produtivas. A evolução não se fixa em uma base antida a menos que esta se amplie. O ponto máximo de desenvolvimento desta base é atingido quando é obtido um maior grau de elaboração, maior evolução das forças produtivas e conseqüentemente o mais amplo desenvolvimento dos indivíduos. Alcançado este grau máximo de desenvolvimento, toda evolução posterior é decadente. Logo, para se ter um novo desenvolvimento, este será fixado em uma nova base.O capital supõe o desenvolvimento universal das forças produtivas (riqueza) e a transformação de sua base como condição de sua reprodução. O valor de troca não exclui nenhum valor de uso. Então, cada nível de desenvolvimento das forças produtivas sociais, da circulação, etc, são barreiras a serem superadas.A limitação do capital, conforme o exposto até aqui, se deve ao seu desenvolvimento. A elaboração das forças produtiva, a riqueza universal, etc, aparecem como alienação do trabalhador, creditada as condições por ele criadas, como riqueza alheia, o que causa sua pobreza.Esta forma contraditória é transitória, resultando que o capital tenda a criar uma base que contém a base do mercado mundial e nela se encontre a possibilidade do desenvolvimento universal do indivíduo, onde cada barreira é constantemente superada, remetendo a conclusão que nenhum limite pode ser considerado como sagrado.Para Marx todas as formas anteriores de propriedade condenam boa parte da humanidade a ser escrava, vendo-a como mero instrumento de trabalho e que a evolução histórica e política, etc ocorrem somente em esferas acima da classe trabalhadora. O capital aprisiona o progresso histórico colocando-o a serviço da riqueza.Adam Smith acreditava que um indivíduo em plenas condições de saúde (mental e física) sentiria necessidade de interromper seu repouso para concluir uma atividade, onde "repouso" para Marx seria, em troca, o estado correspondente a " felicidade", à "liberdade".As condições exteriores, o fim a ser alcançado e os obstáculos a serem superados pelo trabalho determinam a quantidade de trabalho a ser produzida, mas a atividade da liberdade consiste em além de superar esses obstáculos é preciso despojar os fins exteriores de seu caráter de pura necessidade natural para colocá-los como fins, onde o indivíduo a transformará em realização e objetivação, ou seja, a liberdade real, cuja atividade é o trabalho.Todo o trabalho forçado, imposto leva a escravidão, servidão onde o não-trabalho é visto como "liberdade e felicidade". Quando o trabalho consegue restaurar as condições subjetivas e objetivas, tornando-o atrativo e onde o homem de realiza, não sendo necessariamente de fácil realização é um trabalho verdadeiramente livre.O trabalho só pode se emancipar, dentro da produção material, quando seu conteúdo social seja assegurado e revista-se de um caráter científico e apareça diretamente como tempo de trabalho geral."Somente o trabalho produz; é a única substância que dá valor aos produtos".Questões:1) A LDB, sofreu alterações uma delas a ampliação do ensino fundamental para nove anos de estudo, como ficará o ensino em nossas escolas, sobre o ponto de vista de Marx?2) Será que a educação infantil sofrerá mudanças e corte em seu financiamento em relação a criação do novo 1º ano?3) Como a rede de ensino vem qualificando seus professores, e será que as escolas sofrerão mudanças em suas infra-estruturas para receber esses novos alunos do 1º ano?4) Como acolher com qualidade de ensino todos os alunos em idade escolar, do bairro que estão fora da escola, se já está difícil atender os que estão na escola?5) Que tipo de parceria entre empresas e Estado, seria possível para trazer tecnologias às salas de aulas em comunidades carentes? Esta seria sem dúvida uma maneira da empresa privada cumprir o seu papel na sociedade?6) Karl Marx, pensa muito em classe trabalhadora marginalizada, mas o que pensaria ele hoje dos nossos chefes de família desempregados, cujos os filhos vão à escola mais por um prato de comida do que pela expectativa de melhora de vida?Bibliografia: MARX, Karl; ENGELS, Friderich. Textos sobre educaçãoe ensino. São Paulo:Moraes, 1983.
[Marlene] [11:26 AM] [ link permanente ] [] [ links para este post ]
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Um comentário:

Vera disse...

Parabéns Marion! Atividades "quase" em dia. O retorno da ECS 9, está no blog colaborativo, aqui esta faltando só o link da versão final.
Vamos continuar a caminhada... Hoje é dia da primeira postagem da ECS 10, participa do wikistoria, apropriando-se de Paulo Freire e interagindo com @s coleg@s. Participa também no rooda do fórum da ECS11. Um grande abraço, Ver@